O time sheet deveria ser banido

2 - O drama das planilhas: como os time sheets sabotam seu tempo e sua energia

Burocracia que mata a produtividade: Preencher um time sheet é o equivalente a dirigir com o freio de mão puxado. Aquela tarefa simples e repetitiva se transforma em um labirinto burocrático, com erros de registro, esquecimentos e uma sensação de estar sempre correndo atrás do próprio rabo. É como gastar mais tempo empacotando um presente do que aproveitando a festa.

Precisão ilusória: Ao tentar ser exato, perdemos o foco no essencial. Gastamos mais tempo documentando o que fizemos do que realmente fazendo. A busca por controle minucioso nos aprisiona em um ciclo improdutivo.

4 - “Mas o cliente exige! E agora?”

Reeducar é revolucionar: Se o cliente ainda exige controle rígido de horas, talvez seja hora de desafiá-lo. Mostre que a advocacia evoluiu. Hoje, a entrega de valor está nas soluções estratégicas, na qualidade das decisões e na confiança construída.

Quebrando paradigmas: Clientes que confiam em advogados como parceiros estratégicos se preocupam menos com horas e mais com resultados. Troque a narrativa: controle é sinal de desconfiança; resultados sólidos são a base de relações fortes.

Se não puder vencer, inove: Se o cliente ainda não abre mão do time sheet, a tecnologia é sua aliada. Ferramentas que automatizam esse processo deixam o controle em segundo plano e devolvem seu tempo para o que realmente importa.

6 - "Sim, você mente, e seu cliente mente que acredita"

Vamos ser sinceros: quantas vezes você realmente anotou no time sheet o tempo exato que gastou em cada tarefa? E quantas vezes o cliente olhou para aquele relatório de horas e pensou: “Isso está 100% correto”? Spoiler: ninguém está sendo completamente honesto aqui.

O advogado que subestima o próprio esforço: Quantas vezes você trabalhou horas extras mergulhado em uma pesquisa complexa, redigindo uma petição impecável ou lidando com imprevistos de última hora – apenas para, no final, arredondar para baixo o tempo no time sheet? Por que fazemos isso? Talvez porque:

• Não queremos parecer “ineficientes” (mesmo que o tempo gasto seja absolutamente justificado).
• Temos medo de assustar o cliente com a realidade do esforço necessário para entregar qualidade.
• Aceitamos inconscientemente a ideia de que “tempo gasto” e “valor entregue” são coisas diferentes – e acabamos sacrificando o primeiro.

8 - A farsa do controle

Aqui está a ironia: se você fosse cobrar pelo tempo real que gastou em cada tarefa, o cliente provavelmente pagaria o dobro ou o triplo. Afinal, ninguém contabiliza:

• O tempo de reflexão fora do expediente, enquanto você toma banho ou dirige.
• As horas investidas na revisão obsessiva de detalhes para garantir excelência.
• O desgaste mental de equilibrar prazos impossíveis e demandas urgentes.

Mas, em vez disso, você “ajeita” o time sheet para caber nas expectativas do cliente, que, por sua vez, finge que está tudo perfeito. É um teatro. E todos os atores sabem disso.

10 - Tópicos subversivos para provocar a transformação

• Abandonar o tempo como moeda única: Por que não adotar modelos alternativos de precificação, como honorários baseados em valor agregado ou sucesso?
• A falsa ideia de produtividade: Como o time sheet contribui para a cultura tóxica da “presença pelo trabalho” em vez da eficiência.
• A ética do controle: É ético controlar microdetalhes da rotina de profissionais de alta performance?
• Advocacia estratégica: Um olhar sobre como mudar o foco de “cumprir tarefas” para “criar impacto”.