12 de outubro de 2025/
A narrativa dominante do WEF sobre "adaptação" esconde os riscos sistêmicos da IA no Direito. Este artigo desconstrói o determinismo...
A caneta que pesa mais do que deveria
O cenário de burnout nos escritórios de advocacia brasileiros não é só um problema de saúde, mas uma tragédia anunciada. Imagine só: profissionais brilhantes, que estudaram anos para dominar o Direito, se veem à beira de um colapso. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, o burnout é o protagonista desse espetáculo sombrio.
Mas o que faz essa síndrome devastar escritórios de todos os tamanhos, desde os imponentes edifícios nos centros financeiros até as pequenas firmas nos bairros? A seguir, exploramos as múltiplas facetas deste problema complexo.
Analisando as Causas Raízes
O esgotamento profissional na advocacia é o resultado de uma combinação de fatores culturais, estruturais e comportamentais. Navegue pelas abas para aprofundar-se em cada um dos pilares que sustentam esta crise.
Enquanto houver papel, haverá fogo
Trabalhar duro faz parte do jogo, dizem. No entanto, o problema é quando o “duro” vira insuportável. A cultura da advocacia em muitas firmas ainda se pauta pela presença física. O famoso “face time” é valorizado: não importa se você já terminou suas tarefas, tem que estar lá, de terno, até altas horas. Isso faz sentido?
A produtividade do cérebro humano não segue o ritmo das metas de um escritório. Uma pesquisa da FGV revelou que 64% dos advogados trabalham mais de 10 horas diárias. Isso não é só uma jornada, é uma corrida contra o próprio limite.
E o equilíbrio? Deixa pra depois!
Se você acha que a advocacia e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional podem caminhar juntos, prepare-se para uma surpresa desagradável. A verdade é que muitos advogados vivem num constante modo de sobrevivência, tentando driblar prazos, metas de faturamento e audiências.
A ausência de tempo para família, lazer ou mesmo um sono decente é uma realidade para mais de 70% dos profissionais do setor, de acordo com dados do IPEA. E, spoiler: essa rotina acaba cobrando caro.
Não importa o tamanho do escritório, todos são afetados
O burnout não faz distinção entre os grandes escritórios nos arranha-céus e as pequenas bancas. A síndrome se infiltra em qualquer ambiente onde a pressão é constante, as demandas são muitas e o suporte é pouco. Em grandes escritórios, a pressão é por metas de faturamento; nos menores, a sensação é de que tudo depende de uma única pessoa.
Como sair da cultura do burnout?
O burnout, a estafa, o esgotamento, a desorganização crônica se tornaram parte da cultura e foram normalizados nos últimos anos. Virou quase um "mal necessário", algo que muitos veem como parte do pacote para ter sucesso na carreira jurídica. Mas essa normalização não precisa ser o destino final. É hora de agir, e a transformação começa com passos práticos e assertivos.
