Sem trilha, sem destino | Feedback que move, não queima |
Quem não enxerga o próximo passo trava. Estruturamos um mapa de carreira transparente e justo, para que cada advogado saiba onde está e até onde pode chegar. | Talento sem orientação vira turnover. Implantamos ciclos de feedback contínuo e PDIs práticos para transformar pontos cegos em ações de melhoria mensuráveis. |
Remuneração que faz sentido | Estratégia = Pessoas em ação |
Planos de pagamento confusos minam o engajamento. Criamos modelos de remuneração baseados em mérito, metas e valor entregue, alinhados aos resultados do escritório. | Visão sem execução é slide. Ligamos o desenvolvimento individual às metas estratégicas, garantindo que cada competência nova impulsione objetivos coletivos. |
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Golpe de realidade:
IA não advoga, não assume responsabilidade e não assina petições. O que ela entrega é o reflexo do seu comando. Se você delega a estratégia à máquina, delega a autoria do seu pensamento — e, quando a sentença chega, só um nome aparece na capa do processo: o seu.
O vício da terceirização cognitiva
O maior risco não é a IA errar — é você parar de pensar. Textos convincentes induzem aceitação automática. Na advocacia, isso é fatal.
Respostas instantâneas são tentadoras. Mas a advocacia exige análise, interpretação e visão estratégica. A IA só multiplica o que você já faz — para o bem ou para o desastre. O antídoto é manter o comando, transformar a IA em ferramenta de provocação e não em muleta de respostas.
As quatro transições do advogado curador
De executor passivo para curador estratégico. Cada transição abaixo é uma mudança de mentalidade e de prática.
1. Do redator de petições ao mestre da triagem algorítmica
Contexto: Victor e Athos, nos tribunais superiores, filtram recursos antes de qualquer humano ler. Se sua peça não conversa com esses algoritmos, ela sequer chega ao julgador.
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Prompt provocativo:
"Analise 1000 acórdãos recentes do STF e STJ sobre o tema X, focando em Recursos Extraordinários e Especiais admitidos. Identifique padrões semânticos, palavras-chave e estruturas priorizadas pelos sistemas Victor e Athos, incluindo vieses algorítmicos sutis. Reescreva os três primeiros parágrafos do meu recurso para maximizar a admissibilidade, preservando a profundidade jurídica. Adicione uma frase inicial que combine impacto retórico humano com apelo algorítmico e sugira um argumento disruptivo inspirado em uma área inesperada do Direito."
2. Do defensor reativo ao negociador preditivo
Contexto: Sistemas como Hórus identificam processos com alto potencial de acordo antes da audiência. Negociação não começa na sala de conciliação — começa na leitura dos dados.
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Prompt provocativo:
"Meu processo envolve disputa contratual com fatos X, Y e Z. Analise dados históricos de acordos no TJDFT e os critérios do sistema Hórus para identificar casos com alta probabilidade de conciliação. Sugira três propostas de acordo irresistíveis para a outra parte e para o tribunal, detalhando valores, prazos e condições, alinhadas à boa-fé objetiva e à jurisprudência recente. Acrescente reforços de economia comportamental e crie um parágrafo inicial que sinalize abertura ao acordo sem enfraquecer minha posição."
3. Do executor de tarefas ao curador de raciocínio (Método Socrático)
Contexto: Respostas prontas atrofiam a musculatura intelectual. O papel da IA aqui é provocar pensamento crítico, não substituí-lo.
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Prompt provocativo:
"Atue como mentor jurídico socrático especializado em Direito Brasileiro. Meu caso é [X]. Em vez de respostas, formule 15 perguntas progressivas que testem a solidez da minha tese sob ângulos constitucional, legal, jurisprudencial, ético, econômico e sociocultural; revelem pressupostos ocultos; considerem vieses de julgamento humano e algorítmico; e cruzem áreas do Direito aparentemente não relacionadas. Inclua três perguntas impossíveis de responder apenas com dados óbvios. Ao final, indique quais respostas fortaleceriam minha tese e quais revelam fragilidade estratégica."
4. Do intérprete de leis ao arquiteto de sistemas de decisão
Contexto: Poucos advogados treinam a IA com seu “DNA jurídico”. Personalização transforma um motor genérico em extensão fiel do seu pensamento.
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Prompt provocativo:
"Com base no histórico das minhas petições, decisões favoráveis e linhas de argumentação, crie um modelo que reproduza meu estilo jurídico e teste-o em 50 casos simulados. Ajuste o modelo para otimizar chances de êxito no TJ/SP e no STJ. Relate pontos fortes, vieses e oportunidades de evolução no meu próprio padrão argumentativo."
O padrão que une os advogados curadores
Comando preciso, visão híbrida (humano + algoritmo) e capacidade de antecipação. Isso separa quem lidera a IA de quem é liderado por ela.
- Comandos precisos e estratégicos: contexto, objetivo, restrições, forma de entrega.
- Visão híbrida: escrita para o juiz e para o algoritmo de triagem.
- Antecipação: usar IA para criar oportunidades antes da outra parte mover a peça.
Manifesto do advogado que lidera a IA
Eu comando, ela executa.
Toda resposta é um rascunho.
Revisar não é opcional.
IA só é estratégica se eu for estratégico primeiro.
A máquina não é minha sócia — é minha ferramenta.André Medeiros - Advoco Brasil